Poema Deficiências escrita por Mário Quintana

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as
imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter
consciência de que é dono do seu destino.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria,
e só têm olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o
apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer
garantir seus tostões no fim do mês.

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da
máscara da hipocrisia.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de
sua ajuda.

"Diabético" é quem não consegue ser doce.

"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

"Miseráveis" são todos que não conseguem enxergar a grandeza de Deus.

"A amizade é um amor que nunca morre."

Sisvoz

  Buscando coisas em meu Twitter conheci uma pessoa maravilhosa,com ideias maravilhosas.
  Mauricio Almeida(@mauricio_web),um dos integrantes do grupo administrativo da Blind Games Brazil, me apresentou seu novo projeto com Felipe Bento(@fe_psb),O Sisvoz(@sisvoz), que muito me interessou,pela sua originalidade e pelo seu objetivo.
  Coloquei aqui a introdução sobre o Sisvoz:

Com a criação do computador e da internet, as pessoas passaram a se comunicar, umas com as outras, não importando a distância, de uma forma rápida e eficiente. Elas Começaram a usar o computador para fazer as atividades do dia-a-dia (trabalho, faculdade, escola, etc.) e tudo isso, de uma maneira incrivelmente fácil e veloz.
Para os deficientes visuais, no começo isso parecia um pesadelo sem fim, mas com o tempo, foram criados programas que possibilitam o uso do computador pela pessoa com deficiência visual. Esses programas surgiram no começo da década de noventa dando fim ao pesadelo do deficiente visual nunca poder mexer em um computador. Nessas últimas duas décadas, esses programas evoluíram bastante e isso, sem dúvida nenhuma, foi um verdadeiro avanço, mas infelizmente, isso tudo ainda não é o suficiente para um cego, que gosta de fazer e mexer nas mesmas coisas que os seus amigos que enxergam mexem e fazem.
Simplesmente, os deficientes visuais ainda encontram problemas de acessibilidade e utilização em muitos aplicativos e sites que gostariam de usar no dia-a-dia.
Ao longo dos anos, foram desenvolvidas inúmeras ferramentas para permitir que o deficiente tivesse acesso à tecnologia, mas nós, idealizadores, criadores e coordenadores do Sisvoz não achamos que é o suficiente. A tecnologia, por si só, tem um potencial ilimitado, por isso, temos a convicção que o que existe no mercado não alcançou metade do que poderia alcançar.
Nosso objetivo é revolucionar a tecnologia (assistiva, interativa e inteligente), desenvolvendo um microssistema open source (código aberto), que permita que os usuários cegos, de baixa visão e até mesmo videntes, tenham acesso a todos os programas, ferramentas e tudo mais que uma pessoa pode fazer em seu computador. Tudo isso, em um só programa, em um só pacote.
No começo o Sisvoz será desenvolvido para a plataforma Windows, mas a ideia é que no futuro, ele seja compatível com diversas plataformas operacionais.
Este sistema está sendo programado em Python e quando lançadas, as versões de testes e seus códigos, serão hospedadas no Google Code.


 Torço pelo trabalho de vocês,eu estarei sempre acompanhando e torcendo e tentarei ajudar no que for preciso,pois são pessoas como vocês que me fazem ter esperanças de um futuro melhor para o nosso mundo.
 Site do Sisvoz :http://www.sisvoz.com/index.php
 Site da Blind Games Brazil: http://www.audiogames.com.br/
    Acessem...Garanto que irão gostar e assim como eu torcer para dar certo.

Tecnologia para a Eficiência

 No último censo,Ano 2000,cerca de 25 Milhões de brasileiros se declaram com deficiência(15% da população total ).Por áreas,aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estátistica(IBGE),20 Milhões nas zonas Urbanas,5 Milhões nas rurais.A maior proporção era do nordeste(17%) e a menor no sudeste(13%).
  Em 2000 havia 148 Mil pessoas cegas no Brasil.Um Estudo em 2006 da Federação Brasileira de Bancos("População com Deficiência no Brasil.Fatos e Percepções) conclui que "investir  em acessibilidade e dar oportunidade é promover a inclusão social".
  Essa é a razão da existência da ReaTech-Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação inclusão e Acessibilidade,cuja 11ª edição se realizou em abril,na cidade de São Paulo.Segundo os organizadores "o mercado não existia há dez anos e,em 2010,movimentou R$1,5 bilhão".
   Na última edição,a Reatech abrigou mais de 2 centenas de expositores especializados em vários segmentos entre os quais o financeiro e o automobílistico.Caso das adaptações do assento e do encosto da "cadeira digitalizada"produzida pela Associação de Assistência á Criança Deficiente(AACD),destinada á acomodar grandes deformidades e moldada uma a uma.Ou da incorporação de tecnologias digitais aos telefones e centrais de atendimentos (call centers)para surdos da Koller.Foi a primeira empresa brasileira de Tecnologia em comunicação para a comunidade surda e pessoas com deficiência auditiva a ter seus produtos homologados pela Anatel.E é também a única da Ámerica Latina.
     A central de Atendimento ao Surdo(CAS)está implantada em grande empresas como ACHE,GOL,TAM,Porto Seguro,SADIA,Wyeth e instituições financeiros como Banco do Brasil,Caixa Econômica Federal,Citicard,Itáu,Nossa Caixa,Real-Santader.
     A click Tecnologia Assistiva,de Porto Alegre,distribui produtos próprios e de grandes empresas estrangeiras,entre as quais a Attainment(voltada para crianças e adultos com necessidades especiais),Intellitools(itens didáticos e jogos),Mayer Johnson(Software de Comunicação Aumentativa e Alternativa-CAA),ZYGO(Software de CAA),Widgth/Cnotinfor(Software de CAA).Suaslinhas incluem produtos de acessibilidade ao computadores entre os quais vários modelos de teclado alternativos.Um deles Tclick,formado por um conjunto de cólmeia de acriílico e teclado padrão de computador que facilita para pessoas com dificuldades motoras.São padrões ABNT2,e o teclado é compatível com Linux e Windows.
     A empresa também distribui  mouses especiais da Madentec.Um deles,o TrackerPro,possibilita o controle doPC com o movimento da cabeça.Um pequeno Ponto adesivo,aplicado na testa ou óculos do usuário detecta os movimentos  da cabeça.Um pequeno ponto adesivo,aplicado na testa ou óculos do usuário detecta os moviemntos e os transforma em deslocamento do cursor nas telas do PC.Para pessoas que não conseguem controlar o mouse.
     Já o Pretorian,da Orbitrack,é um mouse sensível ao toque que dispensa movimentos de mãos e pulsos e para acioná-lo basta o toque de um dedo.O equipamento executa as funções de clique,duplo-clique e arrastar ,com 2 entradas para a conexão de acionadores externos,equivalentes ás teclas direita e esquerda do mouse.
    Da Tyco EloTouch,a click comercializa um monitor LCD 15 ou 17 polegadas com tela de toque integrada.
    Os softwares educacionais Mayer Johnson são baseados em símbolos de comunicação Pictórica(Picture Comumnication Symbol´s-PCS)
    Estão disponíveis cerca de 11 mil símbolos em 44 idiomas.Os PCS foram criados no início do ano de 1980 pela fonoaudióloga estadunidense Roxanna Mayer Johnson e estão disponíveis nos programas Broadmaker e Escrevendo com símbolos.O Broadmaker contém um banco de dados gráfico com mais de 4.500 símbolos em português do Brasil.
 Em fevereiro de 2011,mais de 44 universidades,584 instituições,14.728 escolas públicas e 402 terapeutas utilizaram este software.


Fonte :A revista A rede ano 7 nº69 Maio de 2011.
Site:http://www.arede.inf.br/inclusao/ 

Cego pede opiniões nas redes sociais na hora de comprar camisetas e tênis

  Lucas Radaelli,19,não consegue ver se uma camiseta é feia e que por isso deve deixar de comprá-la.Ele também não pode identificar se uma lata que está na geladeira é de cerveja ou refrigerante.Mas,com seu Iphone em mãos e o poder das redes sociais,ele ganhou ajuda para tomar essas decisões.
     Cego desde os quatro anos,ele diz que começou a usar computadores aos sete.Hoje,contabilza mais de 3.000 seguidores do seu perfil no twitter(@lucasradaelli).
    "Encaro como se fossem todos os meus amigos comigo ao mesmo tempo.".Ele conta que tira fotos de coisas que quer comprar (como camisetas ou tênis)e pergunta a opinião de seus amigos de rede social."Por eu ser cego,tenho a noção se algo é confortável,mas também tenho que preocupar com a estética.Por isso a opinião deles é importante para mim".
     A situação se repete em restaurantes que não trazem menu em braile."Já passei por uma situação em que tava com um amigo que tem baixa visão e ele não conseguia ler o cardápio.
     Tiramos uma foto e enviamos para que nossos amigos sugerissem algo para a gente come",conta."È uma falha dos restaurantes não ter cárdapio em braile,mas a gente continua tentando dar um jeito."
      Radaelli também mantém um site(http://www.acessibilidadeapple.com/).
no qual fala sobre como deficientes visuais podem usar o IPhone.


Reportagem escrita por Amanda Demetrio
Retirada do Jornal Folha de São Paulo no dia 11 de Maio-Quarta Feira

Minha Opinião sobre Lucas Radaelli:
      Já faz algum tempo que entrei no site dele ai em cima,e li todos os artigos publicados,achei maravilhoso,depois o próximo passo,que foi hoje adcionei -o no Twitter e lá encontrei outro site,pórem teve uma matéria que me chamou a atenção.( http://lucasradaelli.wordpress.com/2010/01/18/sou-cego-nao-surdo/)Tem haver com a maneira que as pessoas reagem,com a falta de conhecimento em tratá-las,elas devem sim ser tratadas especiais,como todas as pessoas...devem ser tratadas com carinho.Essa matéria relata bem, o que as pessoas deficientes visuais sentem em determinados momentos.Eu virei fã do Lucas Radaelli.Falo isso com todas as letras.

A Redespecial-Brasil:Uma ONG movida por eles

   A ONG é constituída de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (PNEEs), Familiares, Pesquisadores, Educadores, Especialistas em Educação, Educação Especial, Informática, Informática na Educação Especial, Psicólogos, Fonoaudiólogos, Empresários, Advogados, dentre outros, busca, através das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência física, mental, motora, visual, surdos, paralisia cerebral, síndrome de down, autistas, entre outras pessoas com necessidades educacionais especiais.
   As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) - aplicadas à Educação Especial - abrangem todas as ajudas técnicas de hardware e programas como simuladores, acionadores, sistemas de comunicação, teclados, mouse, impressoras especiais, ambientes que favoreçam a acessibilidade à informação, à comunicação, à interação, dentre outras. 

Objetivos da Redespecial-Brasil

• Lutar pelo estabelecimento de políticas públicas nacionais que atendam aos interesses e ao desenvolvimento de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais - PNEE- TIC e contra a discriminação, o preconceito e outros comportamentos lesivos aos direitos civis e humanos das PNEE; 

• Desenvolver estudos e pesquisas que contribuam para a construção de conhecimento e assessorar projetos e programas no âmbito das TIC na Educação Especial, visando melhoria da qualidade de vida das PNEE;
• Elaborar, propor e utilizar estratégias inovadoras no âmbito das TIC visando o atendimento às PNEE, com vistas ao seu desenvolvimento;
• Estabelecer canais de comunicação, disseminação, socialização e parcerias para o desenvolvimento da área da Educação Especial, da reabilitação e inclusão social e profissional das PNEE, através do intercâmbio e difusão por meio de cursos, workshops, congressos, palestras, seminários e encontros;
• Atuar como grupo catalisador e difusor de informações das TIC para a Educação Especial constituindo um espaço de documentação, produção e publicação de materiais técnicos, visando aperfeiçoamento e atualização de pesquisadores, professores e familiares das PNEE;
• Contatar, colaborar e conveniar com instituições governamentais e não governamentais, nacionais e internacionais, visando concretizar os objetivos da Redespecial - Brasil, sem perda de sua autonomia e respeitando os princípios fundamentais da organização.

Entrevista com Mara L. Sartoretto

Mara L. Sartoretto -Pedagoga; professora da Faculdade Dom Alberto, onde coordena o curso de especialização em Atendimento Educacional Especializado; diretora da Associação dos Familiares e Amigos do Down de Cachoeira do Sul, consultora da AFAD 21 de Novo Hamburgo, Consultora da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, Supervisora da SEAC - Escola de Educação Profissional; supervisora de conteúdo no Curso de Especialização em Atendimento Educacional Especializado da UFC; Consultora da OEI/Organização do Estados Ibero Americanos.


Entrevista:

O que é educação inclusiva para você? Mara L. Sartoretto - Educação inclusiva é a consequência do trabalho de uma boa escola, uma escola que reconhece a diferença como própria da condição humana e que se distingue das demais porque tomou a decisão de não se submeter passivamente ao papel de mera repassadora de informações, mas assumiu e a tarefa de ser produtora de conhecimentos, problematizadora e emancipadora de seus alunos tenham eles deficiências ou não.

Qual sua opinião sobre as políticas de educação inclusiva no Brasil? MLS - Faz 18 anos que trabalho com alunos com deficiências que frequentam escolas comuns. Até 2003, não percebi nenhuma ação proveniente de alguma política pública a favor da inclusão no dia-a-dia da escola. Se elas existiram foram destinadas a outras esferas. Professoras que como eu, estão trabalhando diretamente com os alunos, acredito que não sentiram os seus reflexos. A partir da implantação do Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade, iniciado em 2003 pelo governo federal, mesmo os municípios mais distantes tem recebido equipamentos, materiais didáticos e cursos de formação continuada dos professores.

Os professores apresentam dificuldades quando têm em sua sala de aula aluno(s) com deficiência? Por que? MLS - Muitas. Porque receber alunos com deficiência na sala de aula comum desequilibra não só professores mas toda a escola. Vivemos numa cultura onde alimentamos a falsa ideia de que as turmas são homogêneas, e que a diferença é sempre um fator que dificulta o trabalho escolar. Precisamos entender que a diferença é um traço do ser humano e por isso as turmas são sempre heterogêneas, queiramos ou não. Por esta razão o que ensinamos, o porque ensinamos e o como ensinamos deverá sempre partir do pressuposto de que nossos alunos são diferentes e não de um suposto padrão de homogeneidade que não existe.

Por que as crianças negras, obesas ou que apresentam tendências homossexuais são discriminadas por seus colegas? Como os professores podem atuar e interferir nesse contexto? MLS - Porque não se encaixam no padrão de normalidade socialmente construído. O professor neste contexto deverá entender que inclusão é um direto de todas as crianças, sejam quais forem as suas diferenças e que a escola é o local privilegiado, muitas vezes o único, onde sujeitos de sua própria educação, quaisquer que sejam suas características, podem fazer a experiência absolutamente necessária, de construção de cidadania em toda a sua plenitude. Neste sentido a atuação do professor deve partir do papel que ele atribui à escola: informar, adestrar e reproduzir o padrão ou formar, construir competências e habilidades para além das provas e do portão da escola.

Como os professores podem se capacitar para atuar com responsabilidade na educação inclusiva? MLS - Penso que não existe uma capacitação específica para atuar na educação inclusiva, a não ser uma formação de qualidade que capacite o professor para ensinar com eficiência todos os seus alunos. A meu ver uma formação efetiva necessita oferecer aos professores condições de estudos que os possibilitem dominar com profundidade os conteúdos curriculares, os processos de ensino e aprendizagem e ter uma boa compreensão do sentido da escola. Por outro lado educadores que queiram trabalhar no atendimento educacional especializado oferecido nas salas de recursos deverão ter uma formação específica.

Como a escola pode oferecer capacitação para os professores trabalharem a educação inclusiva? MLS - Acredito que uma formação efetiva deve acontecer na escola onde o professor atua, partindo das suas reais necessidades.

O que é importante visualizar para trabalhar com educação inclusiva? Quais devem ser os envolvidos? MLS - Na escola o gestor escolar é em grande parte responsável pela excelência ou pela mediocridade da educação que ela oferece. Portanto cabe ao diretor conduzir, coordenar e avaliar todo o processo pedagógico desenvolvido na escola por todo o corpo docente, no sentido de que os resultados desse processo sejam os mais elevados possíveis, traduzido não só pela aquisição de conhecimentos, mas pelos componentes básicos da formação do cidadão que são: atitudes, condutas e competências éticas, solidárias e inclusivas.

A entrevista anterior foi tirada do site:
http://www.assistiva.com.br/index.html 

Acessado no dia 08/06/2011

Já quis aprender libras?

 A Linguagem de sinais libras,é a maneira pela qual os surdos e mudos tem de se comunicar com o mundo,é uma língua linda na minha opinião,porém ainda que o mundo todo saiba que é por meio destas que eles se comunicam não existe compreendimento, as escolas deveriam ter uma matéria em que fosse aplicado a linguagem de sinais,pois muitas das crianças que são surdas ou mudas,muitas vezes tem que estudar em escolas especiais pois as escolas públicas não tem uma base para aceitar essas crianças especiais, nem os professores muitas vezes sabem se comunicar,deixando assim para o tradutor que irá acompanhar a criança,mas isso nem sempre é bom para a criança ou adolescente que muita vezes acaba se fechando.
  Então que tal aprender libras?
  Coloquei um site embaixo para o acesso ao alfabeto de libras,muito legal e planejo colocar mais vídeos explicativos dessa maravilhosa língua


http://www.librasnet.com/alfabeto.html