quarta-feira, 11 de maio de 2011

Mães de filhos especiais transformam dificuldades em amor e superação

NO FINAL DE SEMANA DO DIA DEDICADO A ELAS,O DIÁRIO DE JACAREÍ TRAZ EXEMPLOS DE MÃES PORTADORES DE PARALISIA QUE ENSINAM A CONVIVER COM AS DIFERENÇAS.



    Os choros e os porques foram muitos.Tantos quanto suficientes para tranformar as dificuldades em força e amor.No final de semana que coincide com o DIA DAS MÃES,O DIÁRIO DE JACAREÍ apresenta a historia de tres mulheres,mães de portadores de paralisia cerebral e que aprenderam a reconhecer o amor dos filhos em gestos e olhares.
    Quando Samantha nasceu,a então encarregada de transportes,Viviane Gonçalves de Souza Ohta,a recebeu com êxtase e felicidade.Atenta  à caçula de duas meninas,a mãe percebeu que Samantha não se desenvolvia rapidamente como aconteceu com a irmã.
    A suspeita da encarregada e a insistência em desvendar o que acontecia à filha a fizeram descobrir,depois de muitas tentativas,a lisencefalia-transtorno cerebral que provoca,entre outros sintomas,falha nos  processamento de informações. “Eu via que ela era diferente.Fui ao pediatra e ele dizia que o atraso era normal, que logo ela se desenvolveria.Fui a um segundo médico e ele dizia a mesma coisa.Só um exame  de ressônancia magnética,que apontou o problema”.relata.
    Com o diagnóstico em mãos,Viviane buscou na internet informações que pudessem ajudá-la a encontrar outras crianças com a mesma deficiência que Samantha.Assim como ela,a dona de casa,Kremille Silva Bianck,mãe do pequeno Carlos Augusto Biank-portador de paralisia cerebral-,também procurou ajuda na rede mundial de computadores.Não a encontrou.
   “ Li que crianças como o Carlos viviam só até os dois anos.Quando ele fez dois anos,morri de medo,mas aí ele passou o terceiro e eu vi que era baboseira”,conta.
   Ajuda  - A falta de informação que muito me angustiou essas mães foi extinta,quando Viviane e Kremile,hoje com 36 e 24 anos conheceram a CEPAC (Associação Criança Especial de Pais Companheiros).A entidade nasceu de uma iniciativa das próprias mães de portadores de deficiência,como a fundadora e gestora administrativa,Ana Maria Bonfim,de 57 anos,mãe do hoje vice-presidente da CEPAC,Marco Antônio,de 28 anos,portador de paralisia cerebral.
   O terceiro de quatro irmãos,Marquinho,como é conhecido,dis que ‘nasceu no susto’,pois Ana Maria deu a luz a ele depois de sofrer um assalto no 6º mês de gestação.Assim como as outras mães,a gestora sofreu com a desinformação,com o preconceito e com as longas jornadas em consultórios médicos para fisioterapias.Decidiu facilitar a vida dela e de outras como ela,reunindo especialidades em um só lugar. “Eu vivia na Dutra.Como a deficiência dele era mais grave ,nenhuma entidade queria atender,nenhum convênio queria fechar negócio.Juntamos um grupo de mães e começamos a lutar.Muitas desistiram,mas eu não.Não sei de onde vinha força e garra”,comenta.
  Com  o passar dos anos e a convivência diária com mães e crianças com deficiência  superior ou  inferior às de seus filhos, Ana, Viviane  e Kremile aprenderam a lidar com a ansiedade e a respeitar o tempo  de Marco, Samantha e Carlos. Para elas,a dádiva da vida é mais importante que qualquer contretempo que a deficiência  possa ocasionar. “ Recebemos uma colhida muito boa na CEPAC e com as histórias que a gente vê,você precebe que Deus  te deu um presente”,comenta Viviane,sob os olhares de aprovação das demais. “Aprendi  a respeitar o tempo deles e hoje não peço mais,só agradeço a Deus.Eu só peço força para carregá-lo.Enquanto eu puder,ele não usará cadeiras de rodas”,acrescenta Kremile. “O Marquinho me ensinou a acreditar que cada um tem seu potencial.Para as mães  de filhso com deficiência, eu digo que elas não devem se perguntar o que vai ser do futuro, mas pensar que o melhor é o dia de hoje”,concluiu Ana.
Presente Quando perguntadas sobre o que desejariam de presente nesta data comemorativa,as três  foram unânimes:respeito e dignidade aos filhos.Para essas mães, o futuro deveria vir com a inclusão de fato,seja nas escolas-onde, ainda, os profissionais não estão preparados para receberem os alunos portadores de deficiência mental grave-,nas ruas e no mercado de Trabalho
Essa é uma reportagem tirada do DIÁRIO DE JACAREÍ,DO DIA 7 E 8 DE MAIO DE 2011.
 Essa resportagem foi escrita por:Fernanda Goulart.

2 comentários:

  1. Deus envia pessoas especiais para cuidarem de pessoas especiais.Parabens a essas maes e a voces que procuram descobrir novas tecnologias para facilitar o dia a dia de todos nos.Obrigado.

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